Anjo da Noite 4 - O Fim do Segredo - Capitulo 6

Capítulo 6 – Uma Noite Especial

Assim que o trabalho acabou eu voltei correndo pra casa, estava cansado... Queria tomar um banho e dormir. Abri a porta e entrei sem olhar pra nada, tirei minha blusa e a joguei de lado. Quando levantei os olhos tomei um susto... As luzes estavam todas apagadas e tinhas velas por todo lugar. 

_Demi?_ eu chamei meio espantado_ pessoal?

Ninguém respondeu... Eu me virei pra fechar a porta e vi que tinha um pequeno bilhete preso nela pelo lado dentro... Eu peguei, era a letra da Demi. 

Tivemos um probleminha com a luz... Nada importante!
Não há porque se preocupar...
Sei que esta cansado, mais a solução pra todos os seus problemas esta esperando na cozinha...
Beijos... Demi.

Eu achei estranho mais sorri sozinho... Larguei o bilhete no chão e caminhei até a cozinha. As luzes lá também estavam apagadas e também havia muitas velas. Mais o que prendeu minha atenção foi Demi, ela estava em pé perto do balcão, usando um vestido preto bem curto e sensual... Ela sorriu pra mim.
_Oi_ ela disse. 
_Oi_ respondi.
_Quer tomar um drink comigo senhor Jonas?_ ela estendeu uma taça de vinho na minha direção.
_Claro senhora Jonas. 

Eu peguei a taça e fizemos um pequeno brinde em silencio... Ela me observou atentamente enquanto eu bebia o vinho. 

_Desde quando você bebe vinho?_ perguntei.
_Não é vinho_ ela discordou ainda sorrindo.
_Ah claro_ eu olhei em volta_ o que houve aqui? Cadê todo mundo?
_Eles saíram_ ela pôs a taça em cima do balcão_ a casa hoje é só nossa. 
_Quer dizer que estamos sozinhos em casa? A noite toda?_ ergui a sobrancelha. 
_À noite toda_ ela concordou. 

Ela me lançou um sorriso maldoso e parou a minha frente... Nos encaramos por um instante em silencio, dizendo um para o outro tudo o que era precisão apenas naquele simples olhar. Eu sorri pra ela, a prata de seus olhos parecia brilhar mais que o normal, estavam cheios de um sentimento que eu conhecia bem. Então muito calmamente ela se inclinou pra me beijar, passando os braços pelo meu pescoço. Aquele beijo tinha um gosto diferente... Um que eu já não sentia a vários dias. Ela me deu um selinho e então me abraçou, escorando a cabeça em meu peito. 

_Eu te amo_ sussurrou. 
_Eu também te amo.

Demi Narrando...

Pegamos mais uma vez as taças em cima do balcão... A noite mal tinha começado e eu já me sentia outra pessoa... Mais feliz.

_Vamos fazer um brinde?_ ele sugeriu.
_A que?_ perguntei.
_A nós, eternamente_ ele sorriu.
Nossas taças se tocaram em um movimento rápido, e por acidente metade do vinho da taça dele caiu sobre mim. Fiz menção de me secar mais ele me impediu...

_Espere_ ele pediu.
_O que foi?_ o olhei confusa.
_Não podemos desperdiçar esse vinho_ ele deu um leve sorriso, aquele que eu tanto amava.

Ele abriu um sorriso diabólico, segurou meu rosto muito delicadamente e se aproximou mais de mim. Senti seus lábios tocarem a pele do meu pescoço e ir descendo até meu ombro... Provando o vinho derramado. Me arrepiei ao sentir sua língua quente brincando em minha pele e senti ele sorrir. Abaixou um pouco a alça do meu vestido e depositou um beijo ali... Suave e delicado. Quando ele terminou minha respiração estava totalmente instável e meu coração batia descontrolado... Eu ainda não sabia como ele conseguia fazer isso.

_Delicioso_ sussurrou sorrindo_ você devia experimentar.
_Claro_ eu disse_ vou entornar um copo sangue em você e depois fazer isso pra ver como você se sente.
_Eu não me importo_ ele abriu os braços_ vai em frente.
_Talvez depois... Agora eu quero que você experimente outra coisa.
_É? E o que seria?

Eu me afastei um pouco dele e observei sua expressão atentamente enquanto abaixava a alça do meu vestido e deixava que ele deslizasse pelo meu corpo até os pés, ficando apenas de calcinha.

_Eu_ sorri e mordi meu próprio lábio.
_Eu gostei da ideia_ ele concordou.

Puxou-me pela cintura, colando seu corpo ao meu e me beijou rápida e intensamente. Sorri enquanto sentia suas mãos deslizando pelas minhas costas. O toque de sua pele quente contra minha me causou arrepios e percebi o quanto tinha sentido falta daquilo, de estar com ele. O beijo foi ficando cada vez mais quente e sem me separar dele abri os botões de sua calça jeans, deixando que ela caísse no chão. Ele ficou apenas com a sunga azul.

_Minha cor favorita_ eu sussurrei sorrindo.

Ele riu junto comigo, então agarrou minha cintura e me virou com força, me jogando contra o balcão de forma brusca. Seus lábios desceram até meu pescoço e suas mãos muito cuidadosamente tiraram à calcinha que eu usava. Eu lhe dei um selinho, depois desci até seu pescoço e fui fazendo todo o caminho com os lábios pelo seu peito descoberto até a sunga. Ele abaixou os olhos pra me olhar e eu sorri pra ele antes de puxá-la e deixá-lo nu. Levantei-me bem devagar, arrastando meu corpo no seu e ele gemeu baixinho. Me abraçou apertado e passei as unhas com força nas suas costas, deixando uma marca. Joe então me levantou do chão e me sentou na beira do balcão, suas mãos apertando com força minha coxa enquanto me beijava. Ninguém tinha entrado gritando meu nome... Aquilo era um bom começo. Então de repente ele passou as mãos pelo balcão, derrubando tudo que havia em cima e me empurrou mais pra trás... Em seguida deu um impulso pra subir também.

_O que esta fazendo?_ perguntei rindo.
_Improvisando.
_Não, você esta destruindo a cozinha.
_E quem se importa?_ deu de ombros.

Ele me fez deitar no balcão e deitou-se por cima de mim, abrindo minhas pernas pra se encaixar entre elas. Suas mãos seguraram minha cintura com força enquanto seus lábios desciam até meus seios. Mordi meu próprio lábio tentando em vão abafar um gemido. Ele sorriu mais não parou, continuou com os beijos até a minha barriga e foi descendo cada vez mais até que eu o interrompi. O empurrei de lado e rimos quando ele quase caiu do balcão... Depois eu me sentei sobre ele. 

_Agora é minha vez_ murmurei. 

Ele riu da minha expressão e então o beijei... Passando minhas unhas por seu peito e bagunçando seus cabelos. Meu corpo todo ardia de desejo e implorava por ele. Um desejo contido há vários dias que agora esperava ser saciado... E eu não pretendia esperar muito mais. Sem perder tempo eu encaixei meu corpo no dele, procurando saciar a sede que meu corpo sentia por ele há vários dias. Senti o cheiro avassalador de seu sangue que vinha me incomodando há dias, mais que o normal desde que fiquei grávida, mais não me causou o efeito que eu temia.

 De alguma forma o desejo superava a fome e eu só conseguia continuar o que estava fazendo, o sentindo dentro de mim, me causando um prazer inexplicável. Entrelacei minhas mãos nas dele, apoiando sobre o balcão e me movimentei sobre ele, nossos corpos em uma sintonia perfeita... Puro prazer. Inclinei-me um pouco mais pra juntar o máximo que podia os nossos corpos, sentindo sua respiração ofegante no meu pescoço e gemia baixo em seu ouvido, o enlouquecendo. Joe apertou minhas mãos com força. Ficamos assim por um bom tempo, mergulhados em um desejo incontrolável, até sentir uma explosão de prazer e alegria em meu peito. Soltei suas mãos e deixei o peso do meu corpo cair sobre o dele... Escorando a cabeça em seu peito. Ficamos em silencio... Esperando a respiração e as batidas do coração se regularizarem.

Alguns minutos depois, ainda estávamos deitados no balcão da cozinha... Meu coração ainda não tinha conseguido se acalmar, nunca conseguia... Não estando perto dele. Mais agora eu podia sentir que ele sorria enquanto brincava com o meu cabelo.

_Sua mãe vai nos matar quando vir o que fizemos com a cozinha dela_ ele comentou.
_Não, não... Ela vai matar você_ eu discordei sorrindo_ não tenho nada haver com isso.
_Ah claro... Eu fiz tudo sozinho.

Eu ri baixinho, achando o fato de estar ali nos braços dele muito agradável. Ficamos mais uma vez em silencio... Não havia muito que dizer. Havíamos mostrado há poucos minutos o quanto sentíamos falta um do outro... Mais mesmo assim eu senti vontade de dizer a ele.

_Eu senti muito sua falta_ sussurrei.
_Eu também_ ele disse_ desculpe ter falado com você daquele jeito de manhã... Estava estressado e...
_Subindo pelas paredes?_ eu conclui rindo_ eu sei... Também estava.
_Agora já passou... Foram só duas semanas mais pra mim pareceu uma eternidade... Você não faz ideia de como me deixa louco né? De como me faz falta.
_Desculpe por isso... Sei que foi minha culpa ficarmos tanto tempo longe mais... A gravidez tem me deixado tão cansada.
_Não é sua culpa meu amor... Eu entendo.
_Olha, não vamos mais falar disso_ eu pedi_ já passou... Vamos aproveitar nossa noite... Que ela mal começou.
_A é? E o que mais você planejou pra nossa noite?_ perguntou curioso_ Não posso imaginar nada melhor que isso.
_Ah meu bem... Você não tem a imaginação muito fértil né?_ eu ri_ mais porque não vamos até a sala? Ai te mostro.
_Tudo bem.

Ele se sentou no balcão, comigo ainda em seu colo... Me segurou com firmeza e então desceu do balcão. Deu um beijo no meu pescoço e me carregou até a sala com um enorme sorriso no rosto.

Joe Narrando...

Eu a carreguei em meus braços até a sala, depois a pus de pé. Ela sorriu pra mim e me fez sentar no chão, escorado no sofá. Eu observei seu corpo perfeito e nu enquanto ela caminhava pela sala a procura de alguma coisa. Ela era tão linda... E era minha. Um minuto depois ela voltou com alguma coisa na mão, não vi direito o que era, ela pôs no chão ao meu lado e depois se sentou em meu colo, de frente pra mim. Ela levantou a mão pra acariciar meu rosto... Sua pele fria costumava me causar calafrios, mais agora ela parecia estar em chamas... Igual a mim. 

_Como conseguiu isso?_ perguntei_ se livrar de todo mundo?
_Não me livrei de ninguém... Eles saíram por livre e espontânea vontade_ ela sorriu.
_Ta falando sério?
_Eles só queriam nos ajudar... Por isso me ajudaram a preparar essa noite especial.
_Vocês contou a eles?
_Contei as meninas... Elas viram que nós estávamos mal e quiseram ajudar... Não fiz mal né?_ ela fez bico.
_Não_ sorri_ me lembre de agradecer a eles depois. 
_São os melhores amigos que alguém pode ter.
_É... São sim. 

Ela me encarou em silencio, enquanto acariciava meu rosto com sua mão macia. Seus olhos estavam mais claros que de costume... Eu adorava o brilho que vinha deles. 

_Você parece preocupada com alguma coisa_ eu comentei. 
_Só preocupada com a gravidez... Ela tem me deixado tão pra baixo. Ta ainda pior que da primeira vez.
_Talvez sejam gêmeos_ eu brinquei.
_Num fala isso nem de brincadeira_ ela me deu um tapa_ um só já me da trabalho, imagine três. 
_Eu adoraria poder ter um milhão de filhos com você. 
_Um milhão de aberrações no mundo... Que lindo_ ela revirou os olhos e nós rimos. 
_E todos teriam seu rosto de anjo_ disse tocando seu rosto. 
_Você sempre sabe o que dizer né vira-lata?

Ela riu pra mim e pos a mão em alguma coisa que estava de seu lado... Então passou na minha pele em seguida, no meu pescoço. Era sangue...

_Minha vez de experimentar_ sussurrou. 

Demi se inclinou na minha direção e senti sua língua fria passeando em minha pele. Não pude deixar de me arrepiar e ficar um tanto nervoso, porque apesar de confiar nela e saber que tem um incrível autocontrole, não me esqueço também que é uma vampira e que meu sangue lhe é muito tentador. 

_Não precisa ficar nervoso meu amor_ sussurrou sorrindo_ não vou morder você. 
_Claro, simples assim_ suspirei e revirei os olhos. 
_Você já foi mais corajoso_ zombou. 
_E você menos atrevida_ rebati. 

Mais ele não ligou, continuou rindo e fez mais um rastro com o sangue pela minha pele... Me enlouquecendo mais. 

Demi Narrando...

Era muito interessante ver como ele ficava nervoso enquanto eu lambia o sangue em sua pele. Nunca esquecera o perigo que eu representava. Mais ao contrario do que até eu imaginava aquilo não me descontrolou nenhum pouco... Claro que estava fazendo minha garganta arder, mais não de um jeito perigoso... Só mais excitante. 

_Bom menino_ sussurrei em seu ouvido_ já que se comportou merece um premio. 
_Ah é? Que prêmio?_ quis saber curioso.

Eu ignorei sua pergunta e o beijei calmamente, todo o desejo que eu sentia ainda não havia sido saciado, estava longe disso... Escorei as mãos no sofá atrás dele, e comecei a me movimentar enquanto o beijava, rebolando devagar no seu colo... O provocando. Não demorou muito e pude sentir que seu corpo já começava a reagir aquilo. Sorri quando ele pôs as mãos na minha cintura e me pressionou mais contra si. 

_Calminha vira-lata, sem pressa_ sussurrei. 

Senti-o protestar, soltando um gemido abafado por meu beijo... Era muito bom torturá-lo, mais eu não faria isso durar muito.

Passamos o resto da noite assim... Aproveitando um ao outro o máximo, tentando compensar a falta de semanas. Fizemos amor várias vezes, na cozinha, na sala, no chão, no banheiro, no quarto, onde quer que fosse... Conversamos sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada. E eu não me lembrava de uma noite mais perfeita que aquela.