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Anjo da Noite 5 - A Vingança - Capitulo 17


 
Capítulo 17 – Por Favor, Não Fique no Meu Caminho


Mamãe estava uma pilha de nervos, ela não conseguia ficar quieta e não sabia o que fazer... Eu também estava morrendo de preocupação com o papai e não sabia o que fazer. Daria qualquer coisa nesse momento pra saber onde ele estava.

_Hey Mell_ Kat pos a mão em meu ombro e sorriu pra mim_ ele esta bem, eu tenho certeza.
_Eu sei_ sorri pra ela.

Notei que faltava alguém naquela nossa pequena reunião... Dean.
Sai discretamente de dentro de casa e fui pro lado de fora a procura dele, o peguei no flagra tentando sair escondido.

_Hey, onde você pensa que vai?_ perguntei.
_Não interessa, volta pra dentro Mell_ ele ordenou.
_Não, você não manda em mim, não é meu pai_ acusei e vi ele se encolher um pouco, como se tivesse lhe dado um facada.
_Eu preciso encontrá-lo, trazê-lo de volta pra mamãe_ ele disse_ ela precisa dele... Nós precisamos.
_E como pretende fazer isso sozinho?_ questionei.
Ele não respondeu, mais a resposta estava óbvia bem na sua cara, escrito na testa... Ele estava mesmo envolvido com a vampira. Me magoou ver a expressão de tortura no rosto dele.

_Eu nem a conheço direito_ ele confessou sabendo que não podia mentir pra mim_ mais, eu gosto dela... Desde a primeira vez que a vi, e agora ela esta tentando destruir nossa família.
_Não é sua culpa_ eu tentei confortá-lo.
_Preciso fazer alguma coisa, talvez eu possa...
_Dean_ eu o interrompi_ para com isso.
_Eu preciso ao menos tentar Mell_ ele disse baixinho_ por favor, não diga a ninguém que eu sai... Eles nem vão sentir minha falta.
_Acha mesmo que a mamãe não vai notar que o filho dela sumiu?_ eu protestei_ Dean não vai... Ela vai te machucar também.
_Eu vou correr o risco... Pelo papai_ sussurrou.

Bom, como era de se esperar ele foi mesmo e eu não pude impedir... Só me restava ficar torcendo pra que ela não o machucasse também, eu não ia suportar isso e nem a mamãe. Estava tudo dando errado.

_Mell, tudo bem?_ Ryan perguntou me abraçando_ porque esta aqui sozinha?
_Nada, vamos entrar_ eu disse.

Eu segurei a mão dele com força, aquilo me passava segurança... Então entramos em casa. 
Dean Narrando

Eu fui novamente àquela parte da floresta onde sempre a encontrava... Se ela tinha mesmo pego meu pai eu precisava fazer algo a respeito, fazê-la parar. Eu ia enfrentá-la mesmo que a ideia não me agradasse. E como já era de se esperar, ela estava lá.

_Megan_ eu chamei e ela se virou na minha direção.
_O que você faz aqui em?_ ela perguntou irritada_ porque não me deixa em paz?
_Onde esta o meu pai?_ perguntei sem rodeios.
_Do que você esta falando?_ ela deu uma risada nervosa.
Eu agarrei seu braço com força, antes que ela pudesse pensar em fugir de mim.
_Eu não to brincando Megan, cadê o meu pai?_ questionei a olhando bem nos olhos.

Ela não disse nada a principio, parecendo pensar numa boa resposta, ou então num jeito fácil de fugir de mim.
_Você não vai fugir de mim_ eu avisei apertando mais o braço dela_ cadê o meu pai?
_Ele esta num lugar seguro... E você não vai achá-lo_ ela sorriu pra mim.
_Você vai soltá-lo... Vai me levar até ele e vai deixá-lo ir... Agora_ eu ordenei.
_Você não manda em mim Dean, você não me conhece_ ela desafiou.

Que diabos, ela estava começando a tirar todo meu controle e paciência... Eu podia sentir aquela coisa chegando, a sensação que invadia sempre que eu estava irritado e prestes a me transformar. Mais eu não queria isso agora... Eu queria respostas.
_Porque esta fazendo isso em?_ eu perguntei agora um pouco menos rude_ por quê?
_Você sabe porque_ ela respondeu desviando os olhos.
_Você esta cometendo um erro sabia?_ eu murmurei_ minha família não é o que você pensa... A única assassina dessa história é a sua mãe... Ela morreu porque procurou isso.
_Não abra a boca pra falar da minha mãe_ seus olhos vermelhos cintilaram com a raiva_ seu mestiço imbecil.
_Você esta vingando uma pessoa que não conhecia bem_ eu disse.
_Você também não a conhecia_ ela me lembrou.
_Mais eu sei o suficiente pra dizer que você esta redondamente enganada sobre ela... Sobre tudo.
_Me solta agora Dean_ ela ordenou.
_Onde esta o meu pai?_ eu voltei a perguntar_ me leva até ele e eu solto você.

Ela ficou olhando pra mim, parecia que a cada segundo que passava o vermelho dos seus olhos ficava mais vivo... Porém não deixei que aquilo me abalasse, eu precisava saber onde meu pai estava, se ela não tivesse essa maldita barreira no cérebro que me impedia de ler seus pensamentos, esse problema já estaria resolvido.
Ela de repente começou a se sacudir contra mim, tentar se soltar... Me bater... Mais apesar de ela ser rápida, eu era mais rápido e também mais forte. Segurei seus dois braços com força, e a puxei pra perto, fazendo com que ficássemos cara a cara.

_Onde esta o meu pai Megan?_ eu insisti_ por favor... Me diz.
_Por favor Dean, me solta_ ela implorou_ eu não quero brigar com você.
_Então me diz onde ele esta_ eu ordenei.
_Mais que droga_ ela resmungou. 
Ela tentou se soltar novamente, mais num de seus movimentos seu corpo se chocou contra o meu, e antes que eu percebesse o que estava fazendo, seus lábios já estavam nos meus... Engraçado, eu imaginei como seria isso desde a primeira vez que a vi na floresta... Eu não tinha chegado nem perto.
Ela pareceu se acalmar enquanto seus lábios se movimentavam com os meus... Mais eu não soltei seus braços. Então, num momento de descuido, a barreira que protegia seus pensamentos se desfez, e eu pude ouvir tudo... Tudo que eu queria, e aquilo que não precisava ouvir também... Eu a soltei.

_Não devia ter feito isso_ ela sacudiu a cabeça meio perdida.
_Eu não fiz nada_ sussurrei.
_Eu realmente gosto de você Dean, mais preciso fazer isso_ ela murmurou tristemente_ eu prometi que faria.
_Megan... Por favor_ eu implorei.
_Eu sinto muito_ ela sussurrou enquanto se afastava_ por favor, não fique no meu caminho.

E ela sumiu, bem diante dos meus olhos... Eu demorei um tempo até assimilar o que tinha acontecido, e a estranha verdade de que eu estava apaixonado pela vampira que queria destruir minha família... De repente aquela maldita visão da minha mãe fazia sentido, mais não aconteceria.
Me obriguei a me concentrar e fui correndo pra casa... Eu descobrira naquele pequeno instante o que precisava... O lugar onde meu pai estava. E também descobrira que o sentimento estranho que eu nutria era mútuo... Que ironia.

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