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Anjo da Noite 5 - A Vingança - Capitulo 18

Capítulo 18 – Esperando


Eu ainda estava jogado no chão, minhas mãos amarradas e eu estava fraco... Megan voltara depois de partir por algumas horas e agora estava sentada numa cadeira perto de mim, mais não me dava atenção, não parecia se importar com o quanto eu estava desconfortável naquela posição. Na verdade ela parecia bem distante.

_Não vai mesmo me soltar?_ eu perguntei_ ou ao menos me deixar levantar? Eu já estou todo dolorido aqui.
_Cala a boca vira-lata_ bom, pelo menos ela dissera alguma coisa.
_Você parece meio perturbada sanguessuga_ eu comentei cinicamente, já que ela não me ajudava eu ia atormentá-la... De qualquer jeito eu ia acabar me ferrando mesmo.
_Já mandei calar a boca_ ela repetiu.
_Sua mãe não te deu educação não é?_ provoquei_ é feio mandar as pessoas calarem a boca.
_Você esta me irritando_ ela resmungou_ e acho que em suas atuais circunstancias... Não deveria fazer isso.
_Eu não tenho medo de você_ garanti_ se fosse mesmo me matar já teria feito.
_O que quer dizer com isso?_ ela me olhou desconfiada.
_Quero dizer que não tem coragem suficiente pra me matar... Não é uma assassina.
_Eu sou uma vampira... Chupo o sugo o sangue das pessoas_ ela me lembrou.
_É diferente matar pra se alimentar e matar por diversão... Posso ver além desses seus olhos vermelhos... Sei que não queria estar fazendo isso mais esta com raiva.

Acho que a peguei de surpresa com meu comentário, ela ficou me encarando com os olhos vazios e assustados.

_Aposto que não se sente bem fazendo isso_ eu disse.
_Você não me conhece... E se não calar a boca vai ser o primeiro a morrer_ resmungou irritada.
_Acho que peguei no seu ponto fraco né?_ provoquei.
_EU MANDEI CALAR A BOCA.
 Ela estava bem nervosa... Mais do que eu imaginava, porque de repente ela estava em cima de mim, os olhos vermelhos cintilando e os dentes braços e ameaçadores a mostra. Fechei os olhos na hora, esperando que ela me mordesse, sem poder fazer muita coisa. Mais ao disso ouvi um barulho alto da porta se despedaçando... Então Demi estava ali, as mãos no pescoço da garota, a imprensando na parede.

_Você vai pagar por ter tocado nele vadia_ Demi murmurou completamente enfurecida.
_PARE_ ouvi Dean gritar enquanto passava pela porta desesperado_ não machuca ela mãe.

Ok, por essa eu não esperava... Achei que tinha perdido alguma coisa, mais quando olhei pra Dean e depois praquela menina eu pude entender o que estava errado... Não precisava ter super poderes... Era só ver o jeito que ele olhava pra ela.

_Por favor mãe_ ele implorou_ vamos conversar... Não faz isso.

Era difícil fazer Demi ouvir quando ela estava com raiva, mais ela parou... Ela soltou a menina, que caiu no chão assustada. Ela era só uma criança perdida... Estávamos todos perdidos ali e eu sentia que aquilo não ia acabar bem. 
Demi veio até mim, se abaixou do meu lado e me soltou... Eu nem pude me mexer direito e ela já estava me abraçando apertado.

_Você ta bem amor?_ ela perguntou preocupada.
_Já estive melhor_ disse sinceramente_ como me acharam?
_Dean viu na mente dela onde estava o mantendo preso.
_Pensei que ela tivesse um bloqueio na mente_ falei confuso.
_É uma longa história_ ela não parecia muito contente_ eu te explico depois.

Ela me ajudou a levantar, eu ainda estava meio mole e enfraquecido... A garota continuava no chão, imaginei que ela não tentara fugir porque Demi devia estar usando de seus dons nela. Até porque ela nem piscou quando Demi se aproximou com uma cara de pura raiva e se abaixou até ficar cara a cara com ela.

_Isso... É por ter machucado ele_ murmurou antes de dar um soco bem forte em seu rosto.

A garota apagou na hora e Dean não ficou muito contente com isso, eu podia ver a preocupação estampada no rosto dele. Quando eu achava que nossos problemas iam acabar, sempre aparecia um novo.  
Demi Narrando

Tínhamos levado Megan pra casa conosco e amarrado dela no porão da casa... Liam ficou de vigia, pra ter certeza de que ela não fugiria, embora eu soubesse que seria impossível depois do que eu fizera com ela. Eu só não a matara ainda por causa do Dean, isso seria um problema que eu teria de resolver depois.
Joe estava em nosso quarto, sentado na cama ainda meio grogue por aquela vampira tê-lo envenenado... Fiquei escorada na porta olhando pra ele, tão aliviada por ele estar bem.

_Qual o problema com esses vampiros e malucos?_ele resmungou_ Se querem acabar podiam arrancar minha cabeça fora ao invés de enfiar essas coisas na minha veia.
Eu ri da irritação dele_ falando sozinho é?
_Ah, eu não tinha te visto ai_ ele sorriu e estendeu a mão pra mim_ vem cá.

Eu caminhei até ele e me sentei em seu colo, pondo as pernas em volta de sua cintura e então abracei apertado, escondendo meu rosto em seu peito. Não tinha percebido o quanto estava assustada até que ele estava ali, me confortando.

_Fiquei com tanto medo_ confessei_ de que ela tivesse te matado... Eu achei que estava morto.
_A essa altura já devia saber que sou duro na queda_ ele brincou.
_Ela me fez beber o seu sangue_ sussurrei sentindo o cheiro delicioso dele, fazia muito tempo desde que eu realmente bebera o sangue dele de verdade, e aquilo mexeu comigo. O cheiro dele parecia mais forte.
_Aquela vadia tirou um pouco de sangue de mim, agora entendi pra que foi_ ele murmurou me apertando um pouco_ você esta bem?
_Eu quero te morder, mais fora isso estou bem_ disse baixinho e ele riu.
_Não gostou de sentir o gosto?_ ele provocou.
_O seu gosto é maravilhoso Joe_ eu disse sorrindo de lado_ mais ainda me sinto mal.
_Não é melhor se afastar?_ ele sugeriu.
_É sim_ concordei_ mais não vou soltá-lo... Não agora.
Ele não protestou, permaneceu ali me abraçando enquanto nos recuperávamos juntos de mais um susto... Mais um entre tantos.

_O que vamos fazer com ela?_ eu perguntei depois de um tempo_ Dean não vai deixar que a machuquemos.
_Ele também não vai fazer isso que você tem medo_ ele disse.
_Se soltarmos ela... Ela vai tentar nos matar de novo, sabe disso_ eu o lembrei.
_E se a matarmos vamos magoar nosso filho_ ele suspirou_ nenhuma das opções são boas.
_Não sei o que fazer_ confessei frustrada, me afastando pra olhá-lo.
_Vamos descobrir juntos_ ele prometeu_ só precisa de paciência.

Eu sorri levemente, sem muito animo... Preocupada com as decisões que teríamos de tomar, mais quando ele se aproximou e me beijou eu fiquei bem, as preocupações sumiram e só o que eu sentia era o calor do seu corpo, suas mãos em meu rosto, sua língua envolvendo a minha.
Minha garganta ardia de um jeito quase insuportável... Mais ao mesmo tempo como ele era meu veneno, também era meu remédio. E descobriríamos uma saída juntos. 

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