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Hold My Hand - Capítulo 12



Capítulo 12



Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom vibram juntas.


Passei toda a manhã na escola desligada, com o pensamento distante. Com o pensamento no maravilhoso dia que eu tivera com Joe pra ser mais exata. E Selena pareceu perceber minha falta de atenção.

_Demi_ ela chamou quando estávamos juntas no refeitório_ no que esta pensando?
_Nada importante_ desconversei.
_Vamos Demi, eu sou sua amiga... Pode confiar em mim_ ela sorriu_ sabe que pode me dizer qualquer coisa e... Eu sou psicóloga, entendo das coisas.
_Você não psicóloga_ discordei_ passa a maior parte das aulas dormindo.
_Tanto faz... Me conta o que houve_ exigiu.
_Só estou lembrando do meu final de semana_ dei de ombros.
_E que houve no seu fim de semana?

Eu estava divida, sem saber se deveria lhe contar ou não... Mais acho que não teria nenhum problema, eu sabia que podia confiar na Selena, pelo menos nesse aspecto.

_Eu sai com o Joe_ falei com naturalidade.
_AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH, não brinca_ disse animada.
_Não grita Selena_ fiz careta.
_Desculpa_ pediu envergonhada_ e ai como foi? Foi tipo um encontro?
_Não foi um encontro_ discordei_ eu só fui mostrar a cidade a ele.
_Ah Foi um encontro_ ela comemorou_ e o que vocês fizeram?
_Jogamos boliche... Sinuca, fomos ao parque de diversões, almoçamos juntos... Andamos pelo parque_ dei de ombros.
_E vocês se beijaram?_ perguntou com os olhinhos brilhantes.
_O QUE?_ arregalei os olhos_ Claro que não.
_Como assim CLARO QUE NÃO?_ disse irritada_ vamos Demi, você gosta dele, ele de você... O que tem de mais?

Havia muitas coisas que ela nunca entenderia... Suspirei encarando minha bandeja. Eu queria que tivesse acontecido, eu desejei isso, mais agora estava agradecida por não ter rolado nada. Eu não podia deixar que isso acontecesse... Não podia me envolver com ele. Não podia colocá-lo em risco.

_Mais complicado do que você pensa_ eu disse.
_Não, não é complicado... Você que complica pondo suas dificuldades_ ela falou irritada_ sei que você nunca se envolveu com ninguém, mais pra tudo tem que ter a primeira vez... Você tem que enfrentar seus medos Demi.

Mais uma vez essa história de enfrentar meus medos... Se o problema fosse só esse.

_Se você quiser eu posso...
_Você não pode nada Sel_ me apresse em dizer_ deixa que me resolvo sozinha.
_Ta bem_ me olhou torto_ mais vou cobrar ta?

Eu sabia que cobraria mesmo... Pegaria no meu pé até que eu aparecesse e dissesse que aconteceu algo entre nós dois. Mais ela teria de esperar sentada.

Horas depois...

A aula acabou e eu fui pra casa, sem vontade nenhuma... Half estaria lá me esperando e estaria mais zangado que nunca, eu podia sentir. Assim que abri a porta da minha casa, ele me puxou com força, e me imprensou na parede.

_Bom dia princesa_ ele disse com um sorriso nada amigável no rosto_ como foi seu dia?
_Você ta me machucando_ eu gemi sentindo dor.
_Mais é pra machucar mesmo vadia_ sussurrou apertando mais meu rosto.
_Half... Por favor me solta_ eu pedi.
_Não venha querer implorar por misericórdia agora... Cadê toda aquela sua confiança? Sumiu?
_Me solta_ eu tentei sair_ me deixa ir.
_NÃO.

Ele segurou meus cabelos e me jogou no chão com força, eu pus a mão na frente pra me apoiar e acabei me machucando, eu gritei de dor e comecei a chorar.

_Não grita vadia... Eu já disse que odeio isso_ falou irritado.
Eu fiquei ali caída no chão e ele arrancou o meu short jeans, depois me virou pra ficar de frente e encará-lo. Seus olhos continham tanto ódio que me deixaram completamente assustada, e desesperada. Parecia que ia perder totalmente o controle e me matar ali mesmo.

_Agora sua vadia... Você vai aprender a me respeitar. Vai aprender a não me contrariar.
_O QUE VOCÊ ACHA? QUE EU SER OBEDIENTE A VOCÊ? NUNCA_ gritei exaltada.
_Pois é o que veremos_ sorriu.
_ME LARGA.
_Para de gritar_ pos a mão na minha boca e apertou com força_ ninguém vai ajudar você.

Ele deslizou a mão por dentro da minha blusa, massageando meu seio e apertando com força. Nada delicado, estava me machucando e eu nem podia gritar.

_Eu vou fazer gemer vadia_ ele sussurrou_ vou fazer você implorar por mais.
_Nunca_ eu disse em meio aos prantos_ nunca seu desgraçado, você me da nojo.

Ele sentou sobre mim, prendendo minhas mãos... Tirou sua blusa, a jogando ali mesmo no chão da sala, sem nenhum cuidado e depois arrancou minha blusa de qualquer jeito, fazendo o pano se rasgar. Depois começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, e foi descendo até meus seios, minha barriga... Eu tentei empurrar ele pra longe, mais ele era muito mais forte que eu, não tinha nenhuma chance de eu vencê-lo.

_Você se faz de santa_ ele disse_ mais eu sei quem é você de verdade... Uma vadia.
_VOCÊ NÃO ME CONHECE_ gritei irritada.
_Eu sei muito sobre você_ deslizou sua mão pra dentro da minha calcinha, alisando minha intimidade.
_Tira as mãos de mim seu nojento_ me debati contra ele.
_Eu sei sobre o seu papaizinho_ ele sorriu_ sei que ele morrei por sua culpa.

Eu fiquei quieta nessa hora, parei de me mexer... Fiquei estática. Eu nunca havia falado daquilo pra ele e minha mãe jurara que também não. Como ele podia dizer uma coisa dessas? Como ele sabia? Como tinha coragem.
_É isso não é?_ ele riu se apertando contra mim_ você matou seu pai.
_Não, foi um acidente_ não ia deixar que ele usasse isso contra mim, eu não podia permitir.
_Se você não fosse tão estúpida, ele teria ficado em casa e estaria vivo... Mais por sua culpa ele morreu.
_NÃO_ eu gemi em meio aos prantos_ NÃO, NÃO.

Eu não queria dar ouvidos a ele, mais esse assunto sempre me tirava do sério, me enlouquecia... Tirava minha razão. E ele estava certo, meu pai morrera por minha culpa. Eu era uma assassina.

_Você é tão patética princesa_ riu.

Ele me deu um tapa, fazendo eu me encolher com a dor e aproveitou pra se levantar e tirar a calça que vestia... Depois puxou minha calcinha, me deixando nua... Eu dei um chute em sua barriga e tentei me levantar pra correr. Mais ele me pegou quando eu estava subindo as escadas e me arrastou pelos cabelos de volta... E me jogou no sofá.

_Fica quietinha_ ele puxou uma faca e apontou na minha direção.
_Abaixa isso_ eu implorei.
_Você pensa que por causa daquele garoto alguma coisa vai mudar? Só porque ele parece interessado em você?_ riu_ não muda o fato de que você é minha.
_Não... Ele não tem nada haver com isso_ implorei.
_Tem sim... Se eu ver vocês dois juntos, vai ser pior pra ele. Eu corto aquele rosto bonito dele_ ameaçou.

Ele chegou mais perto, encostando a faca no meu pescoço... Sempre com um sorriso diabólico.

_Você não sabe com quem ta brincando Demi_ ele apertou mais faca, e eu quase gritei com o susto.
_Não chega perto dele_ ordenei_ ele não tem culpa da sua loucura desgraçado.
_Awn... Vai defender o namoradinho? Que fofo_ riu.

Ele tirou a sunga, ficando nu na minha frente e eu fechei os olhos com força... Ele riu da minha cara, da minha agonia. Tentei correr de novo, mais segurou meu cabelo, se sentou no sofá e me puxou pra seu colo, encaixando seu corpo no meu. E pos a faca em meu pescoço pra que eu não tentasse fugir.
_Eu te trato bem demais vadia, melhor do que você merece_ ele riu, se movimentando embaixo de mim_ uma piranha como você, assassina, mentirosa e traira merecia algo muito pior do que o que falo com você.
_AI_ eu gritei_ me solta.
_Eu avisar mais uma vez... A partir de hoje, disse se pressionando mais contra mim_ se você não me obedecer, se me tratar com ignorância ou tentar me fazer de idiota... Eu acabo com a sua mãezinha e com o seu namoradinho. Então é bom você se comportar.
_Eu não fiz nada... Eu não...
_Não chora que isso me tira do sério.

Ele parou com as ameaças e se concentrou em continuar me estuprando, a parte mais divertida pra ele. Com uma mão ele segurou meu cabelo, puxando minha cabeça pra trás e com a outra ele segurou minha cintura, guiando os movimentos de vai e vem. Eu gemi alto, mais não de prazer e sim de dor... Ele estava me machucando e não só fisicamente, mais machucando meu coração, minha confiança, minha alma... Destruindo qualquer coisa boa que podia existir na minha vida. E eu chorei desesperadamente, pensando que agora por minha culpa Joe também corria perigo.

_Sabe Demi... Às vezes eu me pergunto por que não te matei ainda_ puxou meu cabelo com mais força.
_AI_ eu gritei alto.
_Você não presta pra absolutamente nada... É ridícula, patética, irritante, covarde... Mentirosa_ riu_ só serve pra trazer problemas aos outros.
_Para por favor_ implorei em um sussurro.
_Se você não fosse assim tão gostosa_ deu um beijo no meu pescoço... Eu já tinha cortado fora sua língua porque sua voz me irrita. Você nem vale a pena.
Ele então se afastou de mim e me empurrou no chão, me fazendo cair sobre a mesinha de vidro e ela se quebrar... O vidro entrou na minha mão, na minha cabeça e no meu braço me machucando e eu gritei de dor de novo.

_O chão_ ele riu_ esse é o seu lugar.

Ele então pegou suas roupas, se vestiu, ajeitou o cabelo e saiu de casa sorridente, me deixando ali jogada no chão, machucada, indefesa. Acabada. Eu só fechei meus olhos e chorei apreciando a maldita dor... Talvez ele estivesse certo... O chão era o meu lugar.


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