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Beautiful Bastard - Capitulo 7 (2.5) MARATONA

 

 Beautiful Bastard - Capitulo 7

Passei a maior parte do sábado correndo perto do lago, tentando tomar um pouco de ar, manter uma distância e clarear meus pensamentos. Mesmo assim, a viagem de uma hora de carro até a casa dos meus pais proporcionou tempo suficiente para o emaranhado de frustração voltar a se instalar na minha mente: a Srta. Lovato, o quanto eu a odiava, o quanto eu a desejava, as flores que Joel enviou. Esticando-me no banco do carro, tentei deixar que o som do motor me acalmasse. Não estava funcionando. Então, o fato era o seguinte: eu me sentia possessivo em relação a ela. Não de um jeito romântico, mas de um jeito troglodita do tipo “golpeie-a na cabeça, arraste-a pelo cabelo até a caverna e transe com ela”. Como se ela fosse meu brinquedo e eu tivesse de manter os outros meninos do parquinho longe dela. Isso não é doentio? Se a Srta. Lovato me ouvisse admitir isso, ela cortaria meu saco e me daria para comer. Agora, a questão era como proceder. Obviamente, Joel estava interessado. Como poderia não estar? Tudo que ele tinha eram as informações que a minha família passava, e eles obviamente gostavam dela e tenho certeza que mostraram pelo menos uma fotografia. Se eu só tivesse essas informações, também me interessaria. Mas não havia como ele conversar com ela de verdade sem perceber a megera que ela é. A não ser que ele quisesse apenas trepar com ela... O som do couro no volante do carro sendo apertado pela minha mão me disse que era melhor não pensar muito nisso. Ele não teria concordado em encontrá-la na casa dos meus pais se tudo que quisesse fosse sexo, não é? Pensei sobre isso. Talvez ele realmente quisesse apenas conhecê-la melhor. Inferno, até eu tenho de admitir que fiquei um pouco intrigado antes de nos encontrarmos cara a cara. É claro, isso não durou muito, e ela acabou se revelando a pessoa mais irritante que eu já tinha conhecido. Infelizmente para mim, ela também era a melhor transa que eu já tivera. Merda, era melhor que ele não fosse tão longe com ela. Eu não saberia como esconder um corpo nessas redondezas.
Ainda lembro da primeira vez em que a vi. Meus pais foram me visitar no Natal quando eu morava no exterior, e um dos meus presentes foi um porta-retratos digital. Enquanto olhava as fotos com minha mãe, parei a sequência em uma foto dos meus pais com uma linda garota de cabelos escuros. – Quem é essa com você e o papai? – perguntei. Minha mãe contou que seu nome era Demi Lovato e que trabalhava como assistente do meu pai, e que era maravilhosa e tal. Ela devia ter apenas vinte anos na foto, mas sua beleza natural era arrebatadora. Com o passar dos anos, seu rosto frequentemente aparecia nas fotos que minha mãe me enviava; em reuniões na empresa, festas de Natal e até festas na casa dos meus pais. Seu nome ocasionalmente surgia quando minha família relatava os acontecimentos do trabalho e da vida em geral. Então, quando foi decidida a minha volta para a empresa, meu pai explicou que a Srta. Lovato estava cursando a Northwestern e que sua bolsa requeria experiência prática. Disse também que meu cargo seria um objeto de estudos perfeito para o MBA dela. Minha família a amava e confiava nela, e o fato de meu pai e irmão não terem qualquer reserva sobre sua habilidade de lidar com o trabalho ajudou a me convencer. Concordei imediatamente. Fiquei um pouco preocupado que minha apreciação por sua beleza pudesse interferir na habilidade de ser seu chefe, mas rapidamente me tranquilizei, pensando que o mundo está cheio de mulheres bonitas e que eu conseguiria separar as coisas com facilidade. Como fui idiota. E agora eu conseguia enxergar todos os erros que cometera nos últimos meses. Mesmo naquele primeiro dia, tudo estava se encaminhando para isto.
Para piorar as coisas, parecia que ultimamente eu não conseguia transar com mais ninguém sem pensar nela. Eu estremecia só de lembrar da última vez em que tinha tentado. Aconteceu alguns dias antes do Incidente na Janela – era assim que eu chamava nossa primeira transa. Eu precisava participar de um evento de caridade. No escritório, fiquei admirado ao ver a Srta. Lovato num vestido azul incrivelmente sexy que eu nunca tinha visto antes. No instante em que a encontrei, desejei jogá-la na mesa e foder sem piedade. Passei toda aquela noite com uma linda loira ao meu lado, mas estava totalmente distraído. Eu sentia que estava chegando ao meu limite e que eventualmente iria explodir. Mal sabia eu que aquilo não iria demorar. Tentei provar a mim mesmo que a Srta. Lovato não estava influenciando minha mente e fui para casa com a loira. Entrando em seu apartamento, nós nos beijamos e tiramos rapidamente a roupa, mas tudo parecia estranho. Não é que ela não fosse gostosa e interessante, mas, quando a deitei na cama, o que visualizei foram cabelos morenos esparramados nos travesseiros. Quando beijei seu peito, eu queria sentir seios fartos e reais – e não siliconados como aqueles. E, mesmo quando coloquei a camisinha e me posicionei em cima dela, eu sabia que a loira era apenas um corpo sem rosto que eu estava usando para minhas necessidades egoístas. Tentei manter a Srta. Lovato longe dos meus pensamentos, mas fui incapaz de evitar a imagem proibida de como seria tê-la debaixo de mim. Foi apenas por pensar nessa imagem que eu consegui gozar com força, rapidamente saindo de cima da loira, odiando a mim mesmo. Agora, relembrando o incidente, eu estava ainda mais enojado do que no momento em que aconteceu, pois percebia que, naquele momento, eu permitira que ela entrasse na minha mente e permanecesse lá. Se eu conseguisse passar por esta noite, as coisas poderiam ficar mais fáceis. Estacionei o carro e comecei a dizer em minha mente: Você consegue. Você consegue. – Mãe? – chamei, olhando em cada cômodo por que passava. – Estou aqui, Joe – ouvi sua resposta vindo do quintal dos fundos. Abri as portas francesas e fui recebido com o sorriso da minha mãe enquanto ela colocava os toques finais na mesa que ficava lá fora. Abaixei para que ela pudesse me dar um beijo. – Por que vamos comer aqui fora? – A noite está tão linda, pensei que poderia deixar as pessoas mais confortáveis aqui do que sentadas naquela sala de jantar. Você acha que alguém vai se importar? – É claro que não – eu disse. – É lindo aqui fora. Não se preocupe. E estava mesmo lindo. O jardim possuía uma grande pérgola branca cujas vigas estavam cobertas de vegetação. No centro havia uma grande mesa para oito pessoas, coberta por uma delicada toalha de renda branca, sobre a qual estava a louça favorita de minha mãe. Velas e flores azuis descansavam sobre pequenos suportes de prata, e um candelabro de aço brilhava acima de tudo. – Você sabe que nem mesmo eu consigo evitar que a Alena rasgue essas coisas da mesa, não é? – coloquei uma uva na boca. – Ah, ela vai ficar com os pais da Dani hoje. Melhor assim – ela disse. – Se a Alena viesse hoje, ela acabaria roubando toda a atenção. Merda. Com a Alena fazendo caretas na minha frente, eu teria algo para me distrair do Joel. – Hoje a noite é toda para a Demi. E estou realmente esperançosa que ela e Joel gostem um do outro – minha mãe continuou arrumando o jardim, acendendo velas e fazendo ajustes de última hora, completamente alheia à minha angústia. Eu estava ferrado. Enquanto considerava sair correndo de lá, ouvi Kevin chegar – com pontualidade, desta vez. – Onde está todo mundo? – ele gritou, com sua voz grave ecoando pela casa vazia. Abri a porta para minha mãe, nós entramos e encontramos meu irmão na cozinha. – Eeentão, Joe – ele começou, apoiando seu grande corpo no balcão –, está animado para o jantar? Esperei até nossa mãe sair novamente para o jardim e o encarei com um olhar cético. – Acho que sim – respondi, todo casual. – Acho que a mãe fez torta de limão. Minha favorita. – Você é tão metido. Quero só ver quando o Joel começar a flertar com a Demi na frente de todo mundo. Isso
pode tornar a noite muito interessante, você não acha? Ele estava arrancando um pedaço de pão de uma das grandes tigelas do balcão da cozinha, quando sua esposa, Dani, entrou e deu um tapa em sua mão. – Você quer deixar sua mãe maluca estragando seu apetite para o jantar que ela planejou tanto? Comporte-se, Kevin. E nada de provocar ou fazer piadinhas com a Demi. Você sabe que ela deve estar uma pilha de nervos. Deus sabe que ela já tem de aguentar o bastante com esse aqui – ela disse, apontando para mim. – Do que você está falando? – eu já estava cansando desse fã clube da Demi Lovato. – Eu nunca fiz nada para ela. – Joe – meu pai apareceu na porta, gesticulando para mim. Eu o segui para fora da cozinha e entramos em seu escritório. – Por favor, comporte-se no jantar. Eu sei que você e a Demi não se dão bem, mas estamos em casa, não no seu trabalho, e eu espero que você a trate com respeito. Apertei meu queixo com força e concordei balançando a cabeça, pensando em todas as maneiras como eu a deSrespeitara nas últimas semanas. Enquanto eu estava no lavabo, Joel chegou, trazendo uma garrafa de vinho e algumas variações de seus cumprimentos exagerados: um “Você está linda” para minha mãe, um “Como vai o bebê?” para Dani e uma sólida combinação de aperto-de-mão-e-abraço-másculo para Kevin e o meu pai. Esperei um tempo no corredor, mentalmente me preparando para o resto da noite. Tínhamos uma boa amizade com Joel quando éramos crianças e durante a escola. Eu ainda não o tinha encontrado desde que voltara de Paris, mas ele não tinha mudado muito. Joel era um pouco mais baixo do que eu, com um corpo esguio, cabelo preto e olhos azuis. Acho que algumas mulheres o considerariam bonito. – Joe! – aperto de mão, abraço másculo. – Cara, há quanto tempo não nos vemos? – É verdade, Joel. Acho que desde o colegial – respondi, apertando sua mão com firmeza – Como você está? – Estou ótimo. As coisas estão indo muito bem. E você? Vi sua foto em várias revistas, então acho que também está indo muito bem, não é? – ele deu tapinhas em minhas costas. Que babaca. Assenti ligeiramente e forcei um sorriso. Decidi que precisava de mais um tempo para pensar, então pedi licença e subi as escadas até meu antigo quarto. Simplesmente entrar pela porta já fez com que eu me sentisse mais calmo. O quarto pouco mudara desde os meus dezoito anos. Mesmo quando eu estava fora do país, meus pais o mantiveram praticamente do mesmo jeito que estava quando entrei na faculdade. Sentado na minha antiga cama, pensei em como me sentiria se a Srta. Lovato realmente se envolvesse com o Joel. Ele era sim um cara legal e, apesar de odiar admitir, definitivamente havia uma chance de eles se darem bem. Mas o pensamento de outro homem tocando a pele dela fazia cada músculo em meu corpo se contrair. Lembrei daquele momento no carro quando eu disse a ela que não conseguia parar. Mesmo agora, com toda minha pose de durão, não sei se conseguiria. Ouvi uma nova rodada de cumprimentos e a voz de Joel no andar de baixo, então decidi que era hora de descer e encarar a realidade. Quando pisei no último degrau, eu a vi. Estava de costas para mim... e o ar sumiu dos meus pulmões. Seu vestido era branco. Por que tinha de ser branco? Era um vestido de verão bem feminino que descia até um pouco antes dos joelhos e mostrava suas longas pernas. A parte de cima era feita do mesmo material, com pequenos laços sustentando o conjunto em cada ombro. Tudo que eu podia pensar era no quanto eu adoraria puxar aqueles laços e observar o vestido cair ao redor de sua cintura. Ou talvez cair até o chão. Nossos olhos se encontraram e ela sorriu de uma maneira tão genuína e feliz que, por um segundo, eu até acreditei. – Olá, Sr. Jonas. Meus lábios tremeram com a diversão de vê-la fingir que não havia nada de peculiar naquele encontro com minha família. – Olá, Srta. Lovato – respondi com um aceno de cabeça. Nossos olhares não se separaram, mesmo quando minha mãe chamou todos ao jardim para as bebidas antes do jantar.
Quando a Srta. Lovato passou por mim, virei a cabeça e falei numa voz baixa o bastante para que apenas ela ouvisse: – Teve uma boa tarde de compras ontem? Seus olhos encontraram os meus, com aquele mesmo sorriso angelical de antes. – Você adoraria saber, não é? – ela passou por mim e eu senti meu corpo inteiro enrijecer. – E, por falar nisso, uma nova linha de cintas-liga chegou ontem – ela sussurrou antes de seguir os outros para o jardim. Parei e meu queixo caiu enquanto eu me lembrava de nossa escapadinha no provador da La Perla. Na minha frente, Joel se inclinou para perto dela. – Espero que você não tenha se incomodado com as flores que enviei para seu escritório ontem. Admito que foi um pouco demais, mas eu estava mesmo animado para te conhecer – senti um nó na barriga quando as palavras do Joel me arrancaram daquele meu devaneio safado. Ela virou para trás e me olhou. – Flores? Eu recebi flores? Dei de ombros e balancei a cabeça. – Eu saí mais cedo, lembra? – comecei a caminhar para o jardim e fui preparar um drinque, um gimlet com vodca Belvedere. Ao longo da noite, eu não pude evitar seguir cada movimento da Srta. Lovato com o canto dos olhos. Quando o jantar finalmente chegou, estava aparente que as coisas iam relativamente bem entre os dois. Ela até estava flertando com ele. – Então, Demi, o senhor e a senhora Jonas me contaram que você nasceu em Dakota do Norte? – a voz de Joel interrompeu outra de minhas fantasias (que desta vez era do meu punho acertando a cara dele). Olhei e o vi sorrindo para ela. – É isso mesmo. Meu pai é dentista em Bismarck. Nunca fui uma garota de cidade grande. Até mesmo a cidade de Fargo parecia gigante para mim – uma pequena risada abafada escapou da minha boca, e os olhos dela dispararam em minha direção. – Achou isso engraçado, Sr. Jonas? Sorri com o canto dos lábios enquanto tomava um gole do meu drinque, observando-a por cima da taça. – Desculpe, Srta. Lovato. Só acho fascinante você não gostar de cidade grande, mas mesmo assim escolher a terceira maior cidade dos Estados Unidos para cursar a faculdade e... fazer tudo o mais. A expressão em seus olhos dizia que, se a circunstância fosse outra, eu agora estaria pelado em cima dela – ou deitado em uma poça do meu próprio sangue. – Na verdade, Sr. Jonas – ela começou, voltando a mostrar um sorriso –, meu pai se casou novamente e, já que minha mãe nasceu aqui, decidi morar em Chicago para passar mais tempo com ela. Isso foi antes de ela falecer – a Srta. Lovato me encarou por um momento e admito que senti uma pontada de culpa em meu peito. Mas essa pontada sumiu rapidamente quando ela voltou a olhar para Joel, mordendo o lábio de um jeito inocente que apenas ela conseguia fazer parecer tão sexy. Pare de flertar com ele. Apertei os punhos enquanto eles continuavam conversando. Mas, alguns minutos mais tarde, eu congelei. Será que eu senti...? Soltei um sorriso enquanto tomava um gole do meu drinque. Sim, definitivamente o que eu estava sentindo era o pé dela subindo pela minha perna debaixo da mesa. Maldita garota atrevida, se insinuando para mim enquanto conversava com um cara que, como nós dois sabíamos, não conseguiria satisfazê-la. Observei seus lábios enquanto se abriam para receber o garfo e meu pau endureceu quando vi sua língua lentamente lamber o resto de molho deixado pelo peixe. – Uau, entre os primeiros da sua classe na Northwestern? Impressionante – disse Joel, que então se virou e olhou para mim. – Aposto que você está contente em ter uma pessoa tão maravilhosa trabalhando duro para te satisfazer, não é? Ela engasgou, levantando o guardanapo para cobrir a boca. Eu sorri e olhei ligeiramente para ela e depois de volta para Joel. – Sim, é absolutamente incrível ter a Srta. Lovato trabalhando duro para mim. Ela sempre faz um ótimo trabalho em todas as posições. – Ah, Joe. Isso é gentileza sua – interveio minha mãe, e fiquei assistindo o rosto da Srta. Lovato se tornar
vermelho. Meu sorriso se desfez quando senti seu pé se aproximar do meio das minhas pernas. Então, com delicadeza, ela pressionou minha ereção. Caralho. Foi minha vez de engasgar com meu drinque. – Você está bem, Sr. Jonas? – ela perguntou com uma preocupação fingida e eu assenti, olhando com raiva em sua direção. Ela deu de ombros e então voltou a olhar para Joel. – Então, e quanto a você? Sempre morou em Chicago? Com a ponta do sapato, ela continuou esfregando gentilmente o meu pau e eu tentei manter a respiração controlada e a expressão neutra. Quando Joel começou a contar sobre sua infância e nosso período na escola, para depois finalmente contar sua história de sucesso na profissão, eu fiquei observando a expressão dela mudar de um interesse falso para uma curiosidade genuína. Ah, não, nem pensar. Estiquei minha mão esquerda debaixo da toalha de mesa e encontrei a pele de seu calcanhar. Observei o pequeno sobressalto que ela teve quando a toquei. Movi os dedos em pequenos círculos, corri o polegar ao longo da curva de seu pé, sentindo-me mais presunçoso a cada vez que ela precisava pedir que Joel repetisse o que tinha dito. Mas então ele mencionou que gostaria de almoçar com ela em algum dia da semana. Minha mão cobriu o pé inteiro e pressionei ainda mais firme contra meu pau. Ela sorriu com o canto da boca. – Você pode me emprestá-la para um almoço, não é Joe? – perguntou Joel com um sorriso alegre. Seu braço estava pousado atrás da cadeira dela. Tive de me controlar muito para não pular em cima da mesa e arrancar aquele braço dele. – Ah, e por falar em almoços, Joe – interrompeu Dani, batendo em meu braço com sua mão –, você se lembra da minha amiga, a Megan? Você a conheceu no mês passado na minha casa. Vinte poucos anos, com a minha altura, loira, olhos azuis. Enfim, ela pediu seu telefone. Você está interessado? Olhei rapidamente para Demi quando senti o tendão de seu pé ficar tenso, e vi que ela praticamente parou de respirar esperando a resposta. – É claro. Você sabe que prefiro as loiras. Pode ser uma boa mudança de ares para mim. Tive de abafar um grito quando ela apertou o salto do sapato contra minhas bolas. Continuou a apertar por um momento enquanto levava o guardanapo até a boca e passava no canto dos lábios. – Com licença, preciso ir ao banheiro – ela disse. Assim que ela entrou na casa, minha família inteira se voltou contra mim. – Joe – meu pai disse secamente –, já conversamos sobre isso. Peguei meu drinque e levei até a boca. – Não sei do que você está falando. – Joe – acrescentou minha mãe –, eu acho que você deveria ir se desculpar. – Pelo quê? – perguntei, colocando o drinque na mesa com um pouco de força demais. – Joe! – meu pai disse com firmeza, deixando claro que aquilo era uma ordem. Joguei o guardanapo na mesa e me levantei. Andei com passos duros pela casa, procurando pelos banheiros, até finalmente chegar ao terceiro andar, onde a porta do banheiro estava fechada. De pé do lado de fora, com minha mão pousada na maçaneta, comecei um debate em minha mente. Se entrasse lá, o que aconteceria? Havia apenas uma coisa na qual eu estava interessado, e com certeza não era pedir desculpas. Pensei em bater na porta, mas tinha certeza que ela não iria me convidar para entrar. Tentei ouvir os sons lá dentro, procurando por qualquer sinal de movimento. Nada. Finalmente, virei a maçaneta, e me surpreendi por não estar trancada. Eu entrara naquele banheiro poucas vezes desde que minha mãe o reformara. Era um espaço moderno muito bonito, com um balcão de mármore feito sob medida e um grande espelho que cobria uma parede. Acima de uma mesinha, ficava uma pequena janela que dava para o jardim lá embaixo. Ela estava sentada no banco em frente à mesa, olhando para o céu. – Veio para continuar sendo um idiota? – ela perguntou. Então tirou a tampa de um batom e o aplicou cuidadosamente nos lábios.
– Eles me enviaram para ver como estão os seus tão delicados sentimentos – estiquei o braço para trás e tranquei a porta. O clique ecoou no silêncio do banheiro. Ela riu e olhou em meus olhos pelo espelho. A Srta. Lovato parecia completamente calma, mas eu podia enxergar o subir e descer de seu peito; ela na verdade estava tão nervosa quanto eu. – Posso garantir que estou muito bem – colocou a tampa de volta no batom e o guardou na bolsa. Então levantou e começou a andar até a porta. – Estou acostumada com você agindo como um idiota. Mas o Joel parece legal. É melhor eu descer. Coloquei a mão na porta e me inclinei, aproximando-me de seu rosto. – Eu acho que não – meus lábios rasparam levemente em sua orelha, e ela estremeceu com o contato. – Veja bem, ele quer uma coisa que é minha, e ele não pode ter isso. Ela me encarou. – Por acaso estamos no século passado? Me deixe passar. Eu não sou sua. – Você pode até pensar assim – sussurrei, com meus lábios pairando sobre a base de seu pescoço –, mas seu corpo – eu disse, passando minhas mãos debaixo de sua saia e pressionando contra a renda molhada entre suas pernas – pensa de outro jeito. Seus olhos se fecharam e ela soltou um gemido quando meus dedos se moveram em lentos círculos sobre seu clitóris. – Vá se foder. – É só você pedir – eu disse em seu pescoço. Ela soltou uma risada trêmula, e eu a empurrei contra a porta do banheiro. Agarrando suas duas mãos, eu as levantei sobre sua cabeça, segurando-as firmemente e me inclinando para beijá-la. Senti sua resistência e balancei a cabeça, apertando ainda mais. – Vamos, é só pedir – eu repeti, pressionando meu pau duro em sua barriga. – Oh, Deus... – ela disse quando baixou a cabeça para o lado, permitindo acesso a seu pescoço. – Não podemos fazer isso aqui. Corri meus lábios por seu peito e ombros. Segurando seus dois pulsos com uma mão, levantei meu outro braço e lentamente puxei um dos laços que prendiam a parte de cima do vestido, beijando a pele exposta. Passando para o outro lado, repeti a ação e fui recompensado quando o tecido caiu, revelando um sutiã de renda branca sem alça. Merda. Será que essa mulher não tinha nenhuma peça de roupa que não me fizesse quase gozar nas calças imediatamente? Passei a boca até seus seios enquanto minha mão livre abria o fecho do sutiã. Desta vez eu não deixaria de ter uma visão daqueles seios nus. O sutiã abriu fácil e o tecido caiu, revelando a imagem que preenchia cada uma das minhas fantasias mais safadas. Quando tomei um mamilo rosa com a boca, ela gemeu e seus joelhos dobraram-se levemente. – Shhh... – sussurrei contra sua pele. – Mais – ela disse. – De novo. Eu a levantei e ela passou as pernas ao redor da minha cintura, juntando nossos corpos com mais firmeza. Libertei suas mãos e ela imediatamente agarrou meus cabelos e me puxou para mais perto. Eu adorava quando ela fazia isso. Eu a empurrei contra a porta, mas então percebi que havia roupas demais no caminho. Eu queria sentir o calor de sua pele contra a minha, queria me enterrar fundo dentro dela e a manter presa na parede até muito depois de todos já terem ido dormir. Ela parecia ler a minha mente quando seus dedos se moveram e começaram a freneticamente arrancar minha camisa polo de dentro da calça, tirando-a por cima da minha cabeça. O som de risadas subiu até o banheiro através da janela e pude sentir sua tensão. Um longo momento passou antes que seus olhos se encontrassem com os meus. Ela claramente estava tentando articular alguma coisa para dizer. – Nós não deveríamos estar fazendo isso – ela disse finalmente, balançando a cabeça. – Ele está esperando por mim – ela tentou me afastar sem muito esforço, mas eu a mantive presa. – Você realmente quer ele? – perguntei, sentindo uma onda de possessividade ferver dentro de mim. Ela continuou me encarando, mas não disse nada. Eu a coloquei no chão e a puxei para a mesinha, parando quando fiquei exatamente atrás dela. De onde
estávamos, tínhamos uma perfeita visão do jardim lá embaixo. Puxei suas costas até meu peito e levei minha boca até sua orelha. – Você consegue ver ele? – perguntei, com minhas mãos deslizando em seus seios. – Olhe para ele – desci as mãos até sua barriga, passando pela saia até chegar nas coxas. – Ele consegue fazer você se sentir assim? – meus dedos flutuaram acima das coxas e por baixo da calcinha. Um suspiro grave escapou da minha boca quando senti aquele calor e enfiei o dedo lá dentro. – Ele consegue te deixar molhada assim? Ela gemeu e pressionou os quadris de volta em meu corpo. – Não... – Diga o que você quer – sussurrei em seu ombro. – Eu... eu não sei. – Olhe para ele – eu disse, com meus dedos entrando e saindo dela. – Você sabe o que quer. – Quero sentir você dentro de mim – ela não precisava pedir duas vezes. Eu rapidamente abri e abaixei minhas calças, raspando meu corpo em sua bunda antes de subir sua saia e agarrar sua calcinha. – Rasgue – ela sussurrou. Eu nunca fora capaz de ser tão primal e rude com ninguém antes, e com ela isso parecia tão certo. Puxei fortemente e a fina calcinha se rasgou com facilidade. Joguei a peça no chão, passando minhas mãos em sua pele nua e deslizando meus dedos desde seus braços até as mãos, que agarrei e pressionei contra a mesa em frente. Ela era uma visão fenomenal: as costas arqueadas, a saia levantada até a cintura, a bunda arrebitada em plena exibição. Nós dois gememos quando me alinhei e enterrei fundo. Curvando-me, beijei seu ombro e soltei outro “shhh” em suas costas. Mais risadas vieram lá de fora. Joel estava lá embaixo. Joel, que era um cara legal, mas que queria tirá-la de mim. A imagem era suficiente para me fazer estocar com mais intensidade. Seus gemidos abafados me fizeram sorrir, e eu a recompensei aumentando o ritmo. Uma parte doentia de de mim sentia satisfação por deixar a Srta. Lovato sem voz. Ela estava sem ar, os dedos procurando apoio, e meu pau duro dentro dela, penetrando mais forte sempre que ela tentava produzir um som, mas não conseguia. Falando gentilmente em seu ouvido, perguntei se ela queria ser fodida. Perguntei se ela gostava que eu falasse palavrões, se gostava de me ver safado daquele jeito, enfiando forte até deixá-la machucada. Ela balbuciou um sim e, quando eu mexi mais rápido e mais forte, ela implorou por mais. Os frascos de perfume em cima da mesa estavam tremendo e derramando com a força de nossos movimentos, mas eu não conseguia achar forças para me importar. Agarrando seu cabelo, puxei-a para cima até suas costas se alinharem com meu peito. – Você acha que ele pode fazer você se sentir assim? Continuei entrando e saindo, forçando-a a olhar pela janela. Eu sabia que estava me perdendo. As paredes que eu erguia para me proteger estavam desabando ao meu redor, mas eu não me importava. Eu precisava que ela lembrasse de mim quando fosse dormir. Queria que ela sentisse meu corpo quando fechasse os olhos e tocasse a si mesma, que pensasse na maneira como eu a fodia. Minha mão livre subiu ao lado de seu seio, tomando-o por inteiro e beliscando o mamilo. – Não – ela gemeu. – Desse jeito não – deslizando minha mão novamente, segurei sua perna atrás do joelho e levantei até a mesa, abrindo-a ainda mais e permitindo que eu entrasse mais fundo. – Você consegue sentir como se encaixa perfeitamente em mim? – grunhi em seu pescoço. – Você gosta tanto disso. Quando voltar lá para baixo, quero que lembre disso. Lembre do que faz comigo. A sensação estava ficando insustentável e eu sabia que eu estava quase lá. Estava mais do que desesperado. Eu a desejava como se fosse uma droga, e a sensação consumia todos os meus pensamentos. Tomando sua mão, entrelacei nossos dedos e os movi por seu corpo até o clitóris, com ambas as mãos mexendo e provocando. Gemi ao sentir meu pau indo e vindo. – Você está sentindo isso? – sussurrei em seu ouvido, esticando nossos dedos para que caíssem nos dois lados de mim.
Ela girou a cabeça e abafou um gemido em meu pescoço. Mas não era suficiente, e eu precisava que ela não fizesse barulho. Tirando minha mão de seus cabelos, eu gentilmente cobri sua boca e plantei um beijo em seu rosto corado. Ela soltou um grito abafado, possivelmente o som do meu nome, quando seu corpo ficou tenso e me envolveu com mais força. Depois que seus olhos se fecharam e os lábios relaxaram num suspiro de satisfação, comecei a tomar aquilo de que precisava: mais rápido agora, observando pelo espelho a maneira como os seios dela balançavam com minhas estocadas. O clímax começou a rasgar através do meu corpo. Sua mão saiu dos meus cabelos e cobriu minha boca – fechei os olhos e deixei que a onda me tomasse. Minhas últimas estocadas foram profundas e fortes, e eu me derramei dentro dela. Abri os olhos e beijei sua mão antes de tirá-la da minha boca e deitar minha testa em seu ombro. As vozes lá embaixo, que não suspeitavam de nada, continuavam chegando até nós. Ela se deitou em mim e ficamos lá em silêncio por alguns instantes. Lentamente, ela começou a se afastar, e eu não gostei da separação. Observei enquanto ela ajeitava a saia, recuperava o sutiã e tentava amarrar os laços do vestido. Quando me abaixei para subir as calças, peguei a calcinha rasgada e guardei no bolso. Ela ainda estava tendo dificuldade com o vestido, então me aproximei, afastei sua mão e amarrei os laços sem que nossos olhos se encontrassem. De repente o banheiro se tornou muito pequeno, e olhamos um para o outro num silêncio constrangedor. Estiquei a mão até a maçaneta querendo dizer alguma coisa, qualquer coisa, para consertar a situação. Como eu poderia pedir que ela transasse comigo, e apenas comigo, e esperar que nada mais mudasse? Até mesmo eu sabia que pedir isso seria um provável convite para ela chutar minhas bolas. Mas as palavras para aquilo que senti quando eu a vi com Joel não estavam se cristalizando com a velocidade necessária. Havia um branco em minha mente. Frustrado, abri a porta. E nós dois paramos imediatamente. Ali, de pé no corredor, nos encarando com os braços cruzados e uma acusadora sobrancelha erguida, estava Dani.

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